A cirurgia ortognática vem em paralelo a cirurgias plásticas, deixando de lado apenas a questão estética para se mostrar funcional enquanto melhora a qualidade de vida.
Pensando nisso, e sem reduzir um ou outro procedimento, é preciso entender melhor do que se trata essa cirurgia.
Afinal, milhares de pessoas ainda não conhecem, mas poderiam ter bons resultados e viver melhor.
Então, que tal descobrir tudo sobre isso? Vamos lá!
O que é a cirurgia ortognática
Para dar início a esse post, você precisa ter em mente que esse procedimento tem como foco alterar e estabilizar o maxilar, queixo e gengiva. Alterando a posição.
Como resultado, ocorre a alteração da fisionomia, deixando a face mais uniforme e harmoniosa.
Entretanto, vale ressaltar que o objetivo dessa cirurgia não é unicamente estético.
Grande parte dos pacientes que recorrer a cirurgia ortognática sofrem com a má formação dessa região da face, que pode gerar uma série de problemas.
Dessa forma, os especialistas garantem que a cirurgia é recomendada quando as alterações ósseas do paciente resultaram na deformação facial ou em alterações/problemas na mordida.
Seguindo essa linha, a cirurgia também é indicada quando o paciente já sofre com problemas nas articulações ou não, sendo que geralmente é uma condição que causa dores e desconfortos intensos.
Como funciona a cirurgia ortognática
Antes de mais nada, ainda que seja uma cirurgia bastante completa, esse procedimento pode ser realizado de diversas maneiras, de acordo com a necessidade do paciente.
Para isso, o procedimento é dividido em classes, todos baseados na posição das arcadas dentárias:
– Classe 1:
A primeira classe de arcada dentária é quando não há necessidade de procedimento cirúrgico.
Nesse caso, os dentes de encaixam de maneira adequada. Ou seja, é a exclusão.
– Classe 2:
Entrando na linha de quando a cirurgia ortognática deve ser realizada, a classe dois é quando os dentes superiores estão posicionados mais para frente do que deveriam.
Como resultado, o queixo acaba ficando retraído e mais para trás.
– Classe 3:
A classe três é o contrário do que foi citado acima: aqui, o queixo/maxilar inferior é projetado para frente, sendo que a arcada inferior fica posicionada na frente da arcada superior.
Dessa forma, a imagem é de um queixo mais prolongado que o ideal e arcada superior retraída.
Como tudo isso funciona?
Bom, a cirurgia ortognática dura em média três horas e é realizada com uso de anestesia geral.
Em seguida, são feitas incisões dentro da boca, para evitar cicatrizes.
Para que o procedimento ocorra, o cirurgião precisa realizar alguns cortes e fraturas na face, para conseguir reposicionar os ossos. Que depois são fixados novamente utilizando parafusos e placas de titânio.
Pré e pós-operatório da cirurgia ortognática
Caso você tenha alguma queixa ou questão em relação a posição da arcada dentária, mandíbula ou do procedimento em si, tudo começa no pré-operatório.
Antes da cirurgia, você segue a consulta com médico especialista para avaliar o seu caso, sendo comum que dentistas façam o encaminhamento médico.
Com base nessa premissa, o pré-operatório começa com análise minuciosa do seu caso e uso de aparelhos dentários.
Os aparelhos são essenciais para fazer a correção dos dentes.
Assim, quando mais retos e bem posicionados estiverem, mais simples é o encaixe durante o procedimento.
Ou seja, é preciso sim utilizar antes da operação, mas o tempo pode variar de acordo com cada indivíduo.
Ainda antes da cirurgia e na consulta com médico especialista, que serão várias, são realizadas radiografias, modelos de gesso, tomografias da face e demais exames, como cardíacos, hemogramas, glicêmicos, entre outros.
Esses exames são de praxe para avaliar a condição de saúde do paciente, para que você seja liberado para o procedimento.
Já no pós-operatório, o paciente pode sentir dores ou desconfortos, sensação de dormência na face e inchaço.
Geralmente, as dores são causadas pela reposição da mandíbula e controladas com uso de analgésicos.
No início, pode ser um pouco mais difícil manipular a boca e os cuidados são passados na consulta com médico especialista, que vai avaliando dia-a-dia a recuperação.
A alta do hospital após a cirurgia, geralmente, acontece em média cinco dias depois do procedimento. Caso não tenha nenhuma reclamação ou complicação.
Contraindicações e riscos do procedimento
A cirurgia ortognática não é indicada quando o paciente sofre com algum tipo de patologia descompensada, como doenças cardíacas e renais.
Do mesmo modo, qualquer tipo de procedimento cirúrgico é cancelado quando alterações sanguíneas graves são identificadas.
No mais, as contraindicações seguem como de qualquer outra cirurgia, sendo preciso avaliar caso a caso.
Na consulta com médico especialista, serão mencionadas todas essas contraindicações, bem como os riscos, que costumam ser raros.
Segundo os dados, os riscos relacionados a esse procedimento ocorrem em menor de 1% de todas as cirurgias que são realizadas, mas, mesmo assim, merecem atenção.
As principais complicações associadas a cirurgia ortognática incluem infecções, má consolidação dos ossos e sangramentos.
Evitar esses ricos significa procurar um médico realmente qualificado e seguir com todos os cuidados pré e pós-operatório.
Qual médico realiza esse procedimento?
Essa é uma dúvida bastante comum, já que as especializações médicas são várias.
Em suma, quem faz o procedimento é um dentista liberado para cirurgia e especialista em “Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial”.
Para fazer a cirurgia, você pode optar pelo Sistema Único de Saúde, particulares ou em planos de saúde.
Os valores referentes ao procedimento particular variam bastante, de acordo com a complexidade de cada caso.
Frequentemente, o procedimento ortognático pode ser entre R$ 12 mil a R$ 30 mil.
Importante: a cirurgia ortognática pode sim ser realizada apenas pela questão estética, ainda que não seja o foco do procedimento. Em alguns casos, essa cirurgia também envolve a colocação de prótese, para corrigir deformidades.
Conclusão
A cirurgia ortognática é indicada para pacientes que tenham a má formação da estrutura óssea da mandíbula, causando o desalinhamento da arcada dentária. Ou mesmo com função estética.
Na dúvida sobre o procedimento, faça uma consulta com médico especialista e informe-se sobre o seu caso, uso de aparelhos, valores e demais questões.