A principal praça de Rodeiro, Minas Gerais, leva o nome do Santo Padroeiro, São Sebastião. É por ali que acontecessem os principais encontros, os bate papos, as paqueras (como antigamente). De um simples olhar até o namoro e depois o casamento. Esse calor humano não se encontra em grandes capitais. Isso é literalmente coisa nossa. Apenas as famílias interioranas sabem produzir aquele arroz artesanal, cozido em panelas de pedras e vendidos na praça, com a renda toda revertida para a Igreja Matriz de São Sebastião.
Pelo visto Rodeiro é uma cidade predominantemente católica. E São Sebastião é o santo da devoção da maioria.
Enquanto a Igreja Matriz celebra o Padroeiro, a administração do prefeito Luiz Antônio Medeiros cuida da festa social.
Ao todo são cinco dias de feta.
Quinta-feira (16), Banda (católica) Bom pastor e Léo e Luccas
Sexta-feira (17), Bando Rastro Roots e Lukas Lima
Sábado (18), Andreza e Quarteto da Lua
Domingo (19), Plataforma 6 e Ziriguidum
Segunda-feira (20), Zé Geraldo
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Segundo o que está registrado, São Sebastião foi um mártir dos primeiros séculos da igreja cristã, por professar e não renegar sua fé em Cristo.
São Sebastião nasceu em Narbona, na França, no ano de 256 da Era Cristã. Ainda jovem, mudou-se com a família para Milão, na Itália, cidade de sua mãe. Alistou-se no exército de Roma e tornou-se o soldado predileto do imperador Diocleciano. Conquistou o posto de comandante da Guarda Pretoriana.
Secretamente, Sebastião converter-se ao cristianismo e valendo-se do alto posto militar, fazia visitas frequentes aos cristãos presos que aguardavam para serem levados para o Coliseu, onde seriam devorados pelos leões, ou mortos em lutas com os gladiadores. Com palavras de ânimo, e consolo, fazia os prisioneiros acreditarem que seriam salvos da vida após a morte, segundo os princípios do cristianismo.
Prisão e Martírio de São Sebastião
A fama de benfeitor dos cristãos se espalhou e Sebastião foi denunciado ao imperador. Este, que perseguia os cristãos do seu exército, tentou fazer com que Sebastião renunciasse ao cristianismo, mas diante do imperador, Sebastião não negou a sua fé e foi condenado à morte. Seu corpo foi amarrado a uma árvore e alvejado por flechas atiradas por seus antigos companheiros, que o deixaram aparentemente morto. Resgatado por algumas mulheres lideradas pela cristã chamada Irene, foi levado sob seus cuidados e conseguiu se restabelecer.
Depois de recuperado, São Sebastião continuou evangelizado e indiferente aos pedidos dos cristãos para não se expor, apresentou-se ao imperador insistindo para que acabasse com as perseguições e mortes aos cristãos. Ignorando os pedidos, desta vez, Diocleciano ordenou que o açoitassem até a morte, e depois seu corpo fosse jogado no esgoto público de Roma, para que não fosse venerado como mártir pelos cristãos. Era o ano 287 da Era Cristã.
Culto a São Sebastião
Mais uma vez, seu corpo foi recolhido por uma mulher chamada Luciana, a quem pediu em sonho que o sepultasse próximo das catacumbas dos apóstolos. No século IV, o imperador Constantino, que se converteu ao cristianismo, mandou construir, em sua homenagem, a Basílica de São Sebastião, perto do local do sepultamento, junto à Via Appia, para abrigar o corpo de São Sebastião. Seu culto iniciou-se nesse período,
Conta-se que nessa época, Roma estava sendo assolada por uma terrível peste e que a partir do translado das relíquias de São Sebastião a epidemia desapareceu. A partir desta época, São Sebastião passou a ser venerado como santo padroeiro contra apeste, a fome e a guerra.
Durante a Idade Média, a igreja a ele dedicada tornou-se centro de peregrinação e até hoje recebe os devotos e peregrinos de todas as partes do mundo. Sua festa é celebrada no dia 20 de janeiro. Um dos temas preferidos dos pintores do Renascimento, o martírio de São Sebastião foi retratado por vários artistas, entre eles, Bernini, Perugino, Mantegna e Botticelli. Em geral, o corpo é mostrado atravessado por flechas:
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