Professores, bancários e servidores públicos se manifestam contra os projetos de reforma da Previdência e os cortes na educação realizados pelo governo Bolsonaro.
Alguns setores realizam paralisação nesta sexta-feira (14) em Juiz de Fora. Bancários, servidores públicos municipais, professores das redes pública, particular e federal de ensino estão parados. Eles aderiram ao movimento nacional em protesto contra a reforma da Previdência e os cortes na educação.
De acordo com o presidente Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sinserpu), Amarildo Romanazzi, de uma forma geral, a adesão está em 70%.
“Temos adesão 100% entre os servidores da Secretaria de Obras e na Empresa Municipal De Pavimentação e Urbanização (Empav). Algumas unidades de saúde, curumins e creches estão fechadas. Também temos a participação de servidores do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (Demlurb)”, afirmou.
Professores
Os professores das redes municipal e particular participam de uma assembleia na manhã desta sexta em um hotel no Centro. Para a diretora do Sindicato dos Professores (Sinpro), que representa cerca de cinco mil filiados, Cida Moreira, o objetivo é impedir prejuízos à classe trabalhadora.
“Esta reforma da Previdência penaliza os trabalhadores e os mais pobres. Os ataques do governo Bolsonaro contra a educação, ao cortar verbas para as redes federal, estadual e municipal, também estão na pauta. E queremos a revogação da reforma trabalhista e da terceirização. No atual cenário político que estamos, a classe trabalhadora não vai pagar esse pato”, afirmou.
As escolas estaduais também suspenderam o funcionamento nesta sexta. O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-Ute) estima 90% de adesão, já que não é ponto facultativo no Estado. A subsede regional possui cerca de 100 escolas; 44 em Juiz de Fora e representa cinco mil professores, trabalhadores administrativos e de serviços gerais.
“Estamos lutando contra a reforma da Previdência e contra os cortes na educação. Já a Central Sindical e Popular Conlutas (CSP-Conlutas) também tem como pauta a defesa do emprego”, disse a presidente Victoria Mello.
De acordo com a Associação de Docentes de Ensino Superior de Juiz de Fora (Apes) que representa os professores que atuam na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e do Instituto Federal Sudeste (IF Sudeste MG) aprovaram a adesão à mobilização nacional em assembleia neste mês.
No site oficial, os docentes reforçaram que barrar a reforma da Previdência é também uma forma de parar os cortes na educação e todos os retrocessos impostos pelo governo.
Bancários
A categoria aprovou paralisação por unanimidade em assembleia nesta semana. Na manhã desta sexta, são realizadas reuniões em agências para definir como será a adesão. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, a área de atuação engloba 22 municípios da Zona da Mata e Sul de Minas, representando 1.300 bancários, a maior parte em Juiz de Fora.
FONTE: G1